1.5.09

Diferente

É ser eu
Sem ponto final
Sem vírgula
Sem adicionar o igual
A toda a gente;
É ser o meu próprio espelho
Sem fazer diferença
Entre o inexperiente e o vivido,
Sem subestimar
O novo e o velho,
E tomar algo por definido.
Diferente
É a separação
O desencontro
Do amor, da paixão;
Indiferente
Ao coração
Á ideia, à razão
Do conhecido
Que apenas o vemos
Como nosso infinito,
O incerto e desejado destino.
Diferente
Por uns e outros
Achado,
Por outros e mais alguns
Apenas seleccionado;
Onde está a magia?
Porquê a data marcada?
Para quê pensar
Para quê ficar parado?
Há que valorizar tudo
Há que ser indiferente ao nada.
Diferente
O bem do mal
O certo do errado,
Experiências que agente sente
Aquilo que nos parece,
Não passava apenas
De uma situação material
E carnal;
A palavra que era habitual
Ousado por ser usual;
O ser que se mente
Pelo que sente,
Sem deixar escapar
O seu ser diferente
O original.
Diferente
É a sintonia
Que regula
A loucura;
Para quê ser normal?
Se nada no mundo combina
E toda a música desafina;
Não ser ouvido
Nem avaliado,
Ser diferente
Logo se é rotulado
Pela sociedade dispensado,
Ser que segue o sonho
E se torna indiferente,
Aos olhos de toda a gente.

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